EXCLUSIVO: Simulador virtual desperta consciência ambiental em agricultores do Rio de Janeiro
Danielle Jordan / AmbienteBrasil
Os efeitos da ação humana e da degradação dos recursos naturais poderá ser visualizado em um cenário criado virtualmente. O projeto está sendo desenvolvido pelo Programa Rio Rural, da Secretaria Estadual de Agricultura do Rio de Janeiro, juntamente com o Laboratório Visionlab, da Pontifícia Universidade Católica, PUC-Rio, Sistema de Visualização e Simulação em Microbacias Hidrográficas.
O assessor técnico do projeto Rio Rural, Marcelo Costa, destaca que o projeto é uma ferramenta de planejamento voltada à comunidade, mostrando virtualmente os resultados do que pode acontecer tanto ambientalmente quanto economicamente com a ação humana em determinadas regiões. O simulador pretende ainda mostrar os avanços na área ambiental, “será possível localizar a mata ciliar, onde pode ser locada e replantada, localizar nascentes, os locais de erosão, etc”, diz.
“É uma importante ferramenta educacional para a melhoria da percepção dos problemas ambientais e engajamento de agricultores, moradores de áreas rurais e da sociedade em geral no desenvolvimento sustentável”, reforça Costa.
O simulador poderá ser acessado em escolas e telecentros apoiados pelo Rio Rural e por meio do endereço eletrônico http://www.microbacias.rj.gov.br/. O projeto está em fase final de testes e deve entrar em funcionamento dentro de um mês. As bases cartográficas estão sendo ajustadas.
De acordo com dados da secretaria, o Rio Rural conta com recursos de US$ 39,5 milhões do Banco Mundial e contrapartida do governo estadual, para a promoção do desenvolvimento rural sustentável em 270 microbacias hidrográficas de 59 municípios fluminenses. Mais de 24 mil produtores serão beneficiados diretamente.
2 comentários:
Cônsul haitiano afirma que o africano em si tem maldição...
Amigos da CUFA,
Não é e nem será essa a única figura pública a assim se manifestar incolumemente. Quem não conhece jornalistas, âncoras de programas de TV, artistas, cantor famoso "por sua inteligência muito favorecida", religiosos, gestores públicos, jogador de futebol e até pessoas mais anônimas nas filas, no ônibus, nos bancos, nas festas, na praia, no trabalho, no trânsito, na escola, fazendo o mesmo na certeza da impunidade?
Então repito: esse cônsul aí não é e nem será o único cara, tomado por essa maldição, a praticar ofensas que não atingem somente a dignidade do povo haitiano, uma vez que atingem, também, a do povo brasileiro, pois somos aqui 50% de população e muitos adeptos das Religiões de Matriz Africana.
Essa raiva é uma praga que assola o nosso o mundo tão cansado de ser comandado por elites racistas que, por exemplo, não nos dão um emprego digno, mesmo que tenhamos titulação e talentos para tal. Manipulam verdades sobre a nossa história, por puro nojo da cor, da nossa resistência, da nossa fé, da religiosidade de matriz africana de muitos de nós... Sim, eles tem nojo da cor negra e dos nossos pertencimentos, pois, subjetivamente, são desafiados a cada dia. Resistimos, lutamos e vamos vivendo com a alegria que nos é própria, praticamos o comunitarismo ensinado por nossos antepassados, numa forte e criativa manifestação de união. Mas isso não é mostrado, estudado e debatido, na sua essência nas escolas, nem na mídia. Desta então nem é bom falar aqui e agora!
Como dar uma aliviada na frequência dessas manifestações imundas?
Acredito que, nesse caso, tanto lá no Haiti, como aqui, a escolha desses representantes diplomáticos deverá ter o respectivo respaldo desses povos, isto é, que os eleitos tenham, no mínimo, o entendimento de que, culturalmente, não somos iguais.
A partir daí, essa conversa vai tomar outro rumo, e tomara que seja a do respeito às diferenças; que não sejam elas a justificativa da segregação cultural que querem nos impor, dia após dia, em gotas homeopáticas. Elas vão, muito devagarzinho, infiltrando as cabeças de nossas crianças, para também chegarem à fase adulta, prontinhas a rejeitar a nossa cor e as raízes da cultura afrobrasileira, passando, muitas vezes, a admirar falsos mitos que bem sabemos quem os cria.
Por outro lado, se houver mais gente cuidando da gente, estudando, se informando, valorizando nossas raízes africanas e, principalmente, se amando mais, para entrar nessa luta por visibilidade positiva dos nossos pertencimentos, ocuparemos mais espaços na sociedade como um todo.
Não é fácil, mas para nós, nada é fácil, então já temos know how (tradução: criamos uma casca dura, somos resilientes) nesse sentido.
Meu coração chora e anda cansado de tanta dor, mas é o preço da luta por dignidade e por visibilidade das Culturas Africana e Afrobrasileira.
Como não há temporal que me derrube, minhas energias vão se renovando, então, não abandono essa luta por nada e quem tiver essa compreensão, força e coragem; onde estiver, que me siga!!!!!! AXÉ
Adiles da Silva Lima
Assessora Pedagógica/ Lei 10639/03/Canoas/RS - Brasil
Email para comentários do texto da Adiles, favor enviar para didilimas@gmail.com
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